A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a compra milionária de livros paradidáticos na administração municipal anterior, realizou, nesta sexta-feira, 18, mais uma sessão de oitivas. No total, foram coletados depoimentos de quatro servidores municipais, sendo dois no período da manhã e outros dois no período da tarde, na sala de reuniões do Legislativo.
As oitivas dos servidores, que tiveram as identidades preservadas, foram comandadas pelo presidente da CPI, o vereador Vinícius Aith (PRTB), e contaram com a participação do relator, vereador Luis Santos (Republicanos), e do vereador Dylan Dantas (PSC), membro da comissão. Este foi o terceiro dia de depoimentos sobre a compra de livros realizada pela prefeitura, a pedido da Secretaria de Educação, no final de 2020.
“O dia de hoje foi muito produtivo, ouvimos outros servidores e temos esclarecido cada vez mais o processo de compra. Creio que nas próximas semanas, com o restante das outras pessoas que iremos ouvir, devemos ter mais clareza sobre todo o processo”, afirma Vinícius Aith. Segundo o presidente da CPI, as oitivas têm proporcionado importantes informações. “Confirmamos algumas coisas que gostaríamos, algumas irregularidades e evidências. Creio que as próximas oitivas esclarecerão muito mais os fatos para que a gente possa, a partir daí, criar toda a linha do tempo desse processo de compra, para trazer uma transparência para a população”, afirma.
No próximo dia 24, mais três servidores serão ouvidos no período da tarde e, no dia 25, o atual Corregedor-Geral do Município, Carlos Alberto de Lima Rocco Junior, irá prestar esclarecimentos no plenário da Casa de Leis, a partir das 14h.
A CPI dos Livros foi proposta no ano passado, tendo sido prorrogada por conta da pandemia. O vereador Vinícius Aith chegou até os exemplares no início de 2021, após denúncia de que mais de um milhão de livros estavam armazenados em caixas na Arena Multiuso. Os livros paradidáticos infantis foram adquiridos por quase R$ 30 milhões.
