O preço da Cesta Básica Sorocabana em janeiro de 2024, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (janeiro de 2023), teve uma queda de 0,67%, ou seja, R$ 7,07 pagos a menos pelo consumidor. Quando comparado com o mês anterior (dezembro de 2023), o preço da cesta apresentou um aumento de 2,17%, passando de R$ 1.027,71 para R$ 1.049,98, ou seja, R$ 22,27, pagos a mais pelo consumidor. A alta do preço da cesta básica em janeiro de 2024 (2,17%) foi no mesmo sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou aumento de 0,31%. Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica e os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15, ficaram mais caros.
A pesquisa mensal de preço da Cesta Básica Sorocabana é realizada pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas -da Universidade de Sorocaba – Uniso.
Para Marcos Canhada, coordenador do levantamento” se a gente descuidar, os preços podem sair fora da rota; salienta o professor que neste momento “estamos relativamente sob controle dentro dos objetivos, mas nós precisamos fazer sempre, manter a guarda levantada, combatendo qualquer tipo de tendência de elevação de preço.”
Os grupos de bens que compõem a Cesta Básica Sorocabana apresentaram, em janeiro de 2024, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (2,78%), limpeza (3,87%) e higiene pessoal (-5,30%).
Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 21 deles apresentaram alta no preço em janeiro de 24. Entre os itens que apontaram maiores altas, a batata (33,46%) foi o primeiro item, passando de R$ 7,77/(kg) em dezembro para R$ 10,37 /(kg) em janeiro. Em seguida, o feijão foi o segundo item com maior alta de preço (7,27%), que passou de R$ 7,98/(kg) em dezembro para R$ 8,56/(kg) em janeiro.
A alta nesses itens se dá pela menor oferta, causada pelas variações climáticas influenciadas pelo El Niño, tanto pelo aumento das temperaturas na região Sudeste, que impactaram negativamente a germinação do feijão, quanto pelas chuvas intensas na região Sul, que reduziram a produção de batata e feijão. Em terceiro lugar ficou a linguiça fresca (6,44%), que passou de R$23,93/(kg) em dezembro para R$ 25,47/(kg) em janeiro. Em quarto lugar temos a salsicha (6,08%), passando de R$ 14,64/(kg) em dezembro para R$ 15,53/(kg) em janeiro.
O aumento de demanda desses itens em substituição à carne bovina, que vem apresentando elevação de preços nos últimos meses, pode explicar a variação nesses dois itens.
Quanto às maiores quedas, destaques para: o creme dental (-11,59%), passando de R$ 4,14 a unidade em dezembro para R$ 3,66 a unidade em janeiro; o sabonete (-11,08), que passou de R$ 3,52 a unidade em dezembro para R$ 3,13 a unidade em janeiro; a cebola (- 9,15%), passando de R$ 7,76/(kg) em dezembro para R$ 7,05/(kg) em janeiro; a muçarela fatiada (-3,06%), de R$ 45,49/(kg) em dezembro para R$ 44,10/(kg) em janeiro.
Em janeiro de 2023, os produtos que tiveram as maiores altas de preços, conforme a Tabela 3, foram: a batata (33,46%), o feijão (7,32%), a linguiça fresca (6,44%) e a salsicha (6,09%). Em contrapartida, os produtos que apresentaram maiores quedas foram: o creme dental (-11,54), o sabonete (-11,05), a cebola (-9,19%) e a muçarela fatiada (-3,06%).
