Em novembro de 2024, o valor da cesta registrou um aumento de 3,97% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 1.132,40. Este é o terceiro mês consecutivo de aceleração no preço da cesta básica, causado principalmente pela elevação do preço de alimentos essenciais na cesta do sorocabano, como a proteína bovina, o óleo de cozinha, a batata e o café. Em comparação com novembro de 2023, a cesta básica deste mês está 11,10% mais cara, conforme levantamento do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba.
Em novembro de 2024, o preço da cesta básica em Sorocaba apresentou um aumento de 3,97% em relação a outubro, o maior aumento percentual desde abril de 2022, passando de R$ 1.089,16 para R$ 1.132,40. Com isso, o consumidor precisou desembolsar R$ 43,24 a mais para adquirir os produtos da cesta básica nesse mês.
O aumento do preço da cesta básica em novembro de 2024, de 3,97%, foi na mesma direção, porém com maior intensidade, do que a alta registrada pelo índice oficial de inflação (IPCA-15), que foi de 0,62%. Nos últimos 3 meses, ambos os índices apresentaram uma aceleração do processo inflacionário, e o acumulado da cesta básica e do IPCA-15 em 2024 foi de 9,87% e 4,24%, respectivamente.
Os grupos de bens que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em novembro de 2024, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (+4,32%), limpeza (+1,61%) e higiene pessoal (+1,76%).
Dos 34 itens que compõem a cesta básica de Sorocaba, 22 registraram aumento de preço em novembro de 2024, dois mantiveram-se estáveis e 10 apresentaram queda. O aumento do preço da grande maioria dos produtos pode estar ligado ao fortalecimento da demanda em relação à oferta, desvalorização do real, e aos impactos climáticos deste ano. Essa aceleração dos preços no Brasil vem sendo captada também pelo IPCA, que tem demonstrado o aumento dos preços em diversos setores.
Entre os itens com as maiores altas, destaca-se a batata (1 kg), que subiu 11,03%, passando de R$ 7,80 em outubro para R$ 8,66 em novembro; o óleo de soja (900 ml), que teve um aumento de 10,85%, indo de R$ 6,73 para R$ 7,46; e o vinagre (750 ml), que teve uma elevação de 10,74%, passando de R$ 2,70 para R$ 2,99. O item que apresentou maior alta, a batata, vinha apresentando importantes quedas nos últimos meses, mas agora apresenta reversão da tendência de queda, podendo este aumento ser uma resposta ao aumento da demanda em função de preços mais atrativos nos últimos meses. Quanto ao óleo de soja, este item sofre múltiplas pressões, em parte do mercado exterior e em parte do setor produtor de biodiesel, cuja competitividade tem aumentado, levando a indústria a concentrar maior produção em biodiesel, em detrimento da oferta de óleo de soja.
Outros destaques do mês foram a carne de 1ª (1 kg), que subiu 9,23%, passando de R$ 41,15 em outubro para R$ 44,95 em novembro, e a carne de 2ª (1 kg), que teve um aumento de 8,52% e passou de R$ 30,06 para R$ 32,62. O aumento do preço dessa importante fonte de proteína para os consumidores deve-se à alta no preço da arroba do boi gordo, seguindo a tendência de alta observada também nos últimos dois meses; esse movimento pode ser explicado pelo aumento da demanda, tanto externa quanto interna, em contraste com a redução da oferta, causada pelo tempo seco, que prejudicou os pastos. Além desses itens, destacamos também o café, que apresentou alta de 6,66%, passando de R$ 21,02 para R$ 22,42, alta também recorrente por conta de diminuição de oferta no mercado nacional e internacional, por questões climáticas desfavoráveis.
A maior queda de preço foi observada no quilo da cebola, que caiu 12,93%, ainda reflexo de uma oferta mais robusta, passando de R$ 5,04/kg para R$ 4,43/kg. As demais quedas ocorreram com a farinha de trigo (1 kg), que teve uma redução de 3,48%, passando de R$ 5,74 para R$ 5,54, e com o alho (200 g), que teve queda de 2,15%, passando de R$ 8,82 para R$ 8,63.
Em novembro de 2024, os produtos que tiveram as maiores altas de preços foram: a batata (1 kg), com um aumento de 11,03%; o óleo de soja (900 ml), que subiu 10,85%, a carne de 1ª (1 kg), com elevação de 9,23%; e a carne de 2ª (1 kg), que aumentou 8,52%. Por outro lado, os produtos que apresentaram as maiores quedas foram: a cebola (1 kg), com redução de 12,93%; a farinha de trigo (1 kg), com queda de 3,48%; o alho (200 g), com diminuição de 2,15%; o arroz (5 kg), com queda de 1,35%; e o macarrão, com redução de 1,16%.