O deputado Federal Pr. Jefferson Campos (PL), desenvolveu nas últimas horas ações junto ao Itamaraty em Brasília, para a repatriação de um grupo de sorocabanos que estavam em Israel e na Palestina, no sábado (7), no momento dos ataques praticado pelos terroristas do grupo Hamas e que não tinham conseguido retornar para o Brasil.

A intermediação do parlamentar junto ao governo brasileiro, ocorreu a pedido da prefeitura de Sorocaba, conforme ofício enviado  pelo deputado  ao embaixador Bruno de Risios Bath, Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e Federativos – AFEPA, Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty

“Cumprimentando-o cordialmente, venho à presença de Vossa Excelência, dentro dos meios legais, encaminhar lista, a mim enviada pela Prefeitura de Sorocaba/SP, na qual constam cidadãos sorocabanos que se encontram em situação de risco em Israel e na Palestina, e necessitam de urgência na ajuda para conseguirem retornar ao Brasil em segurança. Solicito que os nomes desses cidadãos sejam inseridos na lista de brasileiros a serem repatriados pelo Itamaraty.” 

Após a intervenção do parlamentar junto ao Itamaraty , dos quinze sorocabanos em situação risco em  Israel e na Palestina onze foram encontrados pelo Itamaraty e retornarão ao Brasil nos voos dos dias 10 e 11 de outro;' afirmou Campos.

Em agradecimento ao trabalho desenvolvido pelo deputado Federal Pr. Jefferson Campos, junto ao Itamaraty, o prefeito Rodrigo Manga (Republicano), enviou  ofício de agradecimentos ao parlamentar 

“ Em nome do município de Sorocaba, expressamos nossa gratidão a Vossa Excelência, pelo empenho, atenção e dedicada em atender a solicitação de apoio e intermediação junto ao Itamaraty para repatriação de sorocabanos em situação de risco em Israel e na Palestina, que solicitaram ajuda para conseguir retornar ao país.

Agradecemos imensamente pela disposição, competência, profissionalismo e dedicação e informamos que felizmente, nossos irmãos sorocabanos estão sendo atendidos e logo chegaram em segurança à nossa cidade;” salientou o prefeito

O primeiro, um Airbus A330-200 convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, saiu do Brasil na tarde do domingo (8) e já está na capital italiana, devendo decolar em direção a Tel Aviv até esta terça-feira (10).

Faixa de Gaza

Em relação aos brasileiros que estão na Faixa de Gaza, região mais afetada pelo conflito, o governo prepara um plano de evacuação, coordenado pela Embaixada do Brasil no Cairo (Egito).

“O Escritório de Representação em Ramala segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo”, diz nota do ministério.

O Itamaraty estima que ao menos 30 brasileiros vivem na Faixa de Gaza e outros 60 em Ascalão e em localidades na zona de conflito. Já em Israel, a embaixada brasileira já tinha reunido, até este domingo, informações de cerca de 1 mil brasileiros hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém interessados em voltar ao Brasil.  

Conflito

No terceiro dia de conflito, Israel convocou 300 mil reservistas, realizou mais de 2 mil bombardeios à Faixa de Gaza e impôs um bloqueio à região, impedindo a entrada de comida, água e combustível, em reação aos ataques armados do Hamas, movimento islâmico que controla Gaza. 

 Já o Hamas disse que irá executar reféns israelenses para cada bomba disparada por Israel que atingir civis. Segundo o grupo, são mais de 100 prisioneiros.

Desde sábado (7), quando o Hamas iniciou os ataques, foram identificados mais de 1.500 mortos, sendo 900 em Israel e 600 em Gaza. Os feridos somam 5 mil.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu ajuda humanitária internacional aos civis palestinos na Faixa de Gaza e o fim dos ataques a Israel e aos territórios palestinos ocupados.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, solicitou a intervenção das Nações Unidas para impedir "agressão israelita em curso”. Segundo ele, é preciso prevenir uma situação de catástrofe humanitária, sobretudo na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, propôs um governo de união nacional, com a participação de líderes de oposição. Ele destacou que as ações são apenas o início da retaliação ao Hamas.