O vereador Dylan Dantas (PL), protocolou nesta segunda-feira (31), uma moção na Câmara Municipal de Sorocaba, manifestando posicionamento contrário à instalação de novos pedágios na cidade e em municípios da região. A iniciativa ocorre em reação ao projeto de concessão rodoviária denominado “Rota Sorocabana”, proposto pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), que prevê a implantação de 16 pórticos de cobrança a partir de abril de 2026 — cinco deles localizados apenas em Sorocaba.
Segundo o parlamentar, o novo modelo de pedágio por sistema de Free Flow (sem praças físicas e com cobrança automática por pórticos) traz sérios riscos para a mobilidade urbana, a economia local e o cotidiano da população. “Não somos contrários a investimentos em infraestrutura, mas é inaceitável impor cobranças desproporcionais, sem diálogo com a população e sem alternativas viáveis”, afirma Dylan.
A moção levanta uma série de preocupações, incluindo o aumento do custo de vida, o impacto sobre trabalhadores que utilizam as vias diariamente, a precariedade de rotas alternativas e o risco de segregação territorial. Também critica a falta de audiências públicas específicas para moradores das cidades diretamente afetadas.
“Trata-se de uma cobrança injusta que recai especialmente sobre os que menos podem pagar. É preciso rediscutir esse modelo com justiça social e equilíbrio regional”, defende o vereador.
O documento será encaminhado à ARTESP, à CCR (empresa responsável pela concessão), à Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), ao Governo do Estado e à Prefeitura de Sorocaba. O objetivo é pressionar pela revisão imediata do projeto e pela suspensão dos pórticos previstos para o município.
A moção ressalta que, embora o sistema Free Flow represente um avanço tecnológico em fluidez de tráfego, ele não pode ser implementado de forma “indiscriminada”. O vereador pede que o projeto passe por um processo de revisão com ampla participação popular e critérios mais justos.
“Estamos ao lado da população sorocabana e de toda a região. Não podemos aceitar que nossa mobilidade e nosso desenvolvimento sejam comprometidos dessa maneira”, finaliza Dylan Dantas.