O preço da Cesta básica em Sorocaba, no primeiro semestre de 2024, apontou uma elevação de 4,24% nos preços.
Especificamente em junho, a cesta básica registrou um aumento de 1,58% em relação a maio, conforme pesquisa realizada pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas – da UNISO -Universidade de Sorocaba.
Este é o terceiro aumento consecutivo desde abril, resultando no maior valor da cesta básica no ano, R$ 1071,66. É válido ressaltar que este é o valor mais elevado apurado desde maio de 2023, quando a cesta básica sorocabana alcançou o valor de R$ 1073,12. Comparado ao mesmo período no ano anterior, a cesta básica em Sorocaba está 2,13% mais cara,
representando um acréscimo de R$ 22,34 para o consumidor.
Em junho de 2024, o preço da cesta básica sorocabana apresentou uma elevação de 1,58% em relação ao preço no mês de maio, passando de R$1.054,97 em maio para R$1.071,66 em junho. Portanto, o consumidor teve que destinar R$16,69 a mais para adquirir os produtos da cesta básica neste mês.
A elevação do preço da cesta básica em junho de 2024, que foi de 1,58%, coincidiu com a tendência de alta registrada pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), de 0,39%. Assim, a cesta básica sorocabana e o IPCA apresentaram um aumento acumulado em 2024 de 4,24% e 2,52%, respectivamente.
Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 18 registraram aumento de preço em junho de 2024. Entre os itens com as maiores altas, destacam-se: a batata, com aumento de 15,76%, passando de R$ 10,79/kg em maio para R$ 12,49/kg em junho, e a muçarela fatiada, com aumento de 9,55%, subindo de R$ 47,83/kg para R$ 52,40/kg no mesmo período. Em terceiro lugar, em termos de aumento percentual de preço, ficou o alho (200g), com alta de 4,07%, passando de R$ 8,61 em maio para R$ 8,96 em junho. Em quarto lugar, observa- se o leite longa vida, que teve um aumento de 3,65%, subindo de R$ 5,20/lt para R$ 5,39/lt no mesmo período.
O aumento dos preços desses quatro produtos está diretamente relacionado à diminuição de oferta em função de variações climáticas observadas nos últimos meses, que vão desde períodos de secas a períodos de chuvas intensas. Especificamente, as enchentes
causadas pelas fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul agravaram essa situação, uma vez que a safra e a produção desses produtos foram afetadas. Como o Rio Grande do Sul é representativo na oferta desses insumos, os impactos oriundos desta catástrofe contribuem para refletir no aumento destes preços.
Quanto às maiores quedas, destaque para: a farinha de mandioca (500g) (-6,44%), que passou de R$ 6,52 em maio para R$ 6,10 em junho; o desodorante roll-on (-6,12%), que caiu de R$ 9,97 em maio para R$ 9,36 em junho; o feijão (-5,82%), que diminuiu de R$ 8,76/kg em maio para R$ 8,25/kg em junho; e a cebola (-4,66%), que foi de R$ 10,72/kg em maio para R$ 10,22/kg em junho. Destacamos neste conjunto que a queda do preço da cebola pode ser explicada pelo aumento da oferta nacional do produto, decorrente do início da safra de 2024 nos estados de Minas Gerais e Goiás, com melhora importante na produtividade deste item. Em relação ao feijão, este apresenta melhoria na oferta com evidências de bons resultados na safra colhida em março deste ano, resultando em queda acumulada, entre março a junho deste ano, de 8,85%.