ACSO projeta que 2ª parcela do 13º deve injetar R$ 312,5 milhões na cidade
Publicada em 16/12/24 às 21:29h
RMS NEWS Web e Rádio Senado
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(Foto: RMS NEWS Web e Rádio Senado)
A segunda parcela do 13º salário, tradicionalmente paga até o dia 20 de dezembro, movimenta de maneira expressiva a economia de Sorocaba. Com uma população economicamente ativa (PEA) e um comércio local diversificado, a cidade experimenta um significativo aquecimento em diversos setores, como varejo, serviços e indústria, graças a essa injeção de recursos no final do ano.
Conforme dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), Sorocaba conta com aproximadamente 250 mil trabalhadores formais. Considerando um salário médio na cidade de R$ 2.500, cada parcela do 13º salário equivale a cerca de R$ 1.250 por trabalhador. Multiplicando esse valor pelo total de trabalhadores formais, estimamos que a segunda parcela injete, aproximadamente, R$ 312,5 milhões na economia local, conforme projeta a Associação Comercial de Sorocaba (ACSO).
Estudos mostram que 70% do 13º salário são utilizados para consumo imediato, o que equivale a R$ 218 milhões. Este montante é canalizado para compras de bens de consumo, presentes natalinos, alimentos para ceias e serviços, como bares e restaurantes. Aproximadamente 20%, ou R$ 62,5 milhões, são destinados à quitação de dívidas. Esse uso contribui para a redução da inadimplência na cidade, beneficiando o setor financeiro e permitindo que muitas famílias iniciem o ano novo em condições financeiras mais equilibradas. Os 10% restantes, cerca de R$ 31 milhões, são alocados em poupança, investimentos ou utilizados para reservas de curto prazo, reforçando o planejamento financeiro das famílias sorocabanas.
Para o presidente da ACSO, Hygor Duarte, o comércio de Sorocaba, que já tradicionalmente se prepara para o aumento nas vendas de final de ano, “é um dos maiores beneficiados”. Segundo ele, lojas de vestuário, calçados, eletrônicos e alimentos “registram alta nas vendas”, impulsionadas pelo maior poder de compra da população. Além disso, restaurantes, bares e outros estabelecimentos de lazer “percebem um crescimento na demanda”. Setores como transporte e logística também sentem os efeitos positivos, uma vez que as compras on-line se tornam “mais frequentes” durante o período, “aumentando a circulação de mercadorias”.
De acordo com o economista Roque Camargo, do Núcleo de Estudos Econômicos da Athon Soluções, o impacto desse montante não se limita às famílias e empresas. “Com o aumento do consumo, a arrecadação de impostos, como o ISS e o ICMS, também cresce, fortalecendo os cofres municipais. Esses recursos adicionais podem ser utilizados pela Prefeitura para investimentos e melhorias nos serviços públicos”.
Hygor salienta que o desafio, no entanto, reside em “garantir que esses recursos sejam utilizados de forma consciente, incentivando um equilíbrio entre consumo, quitação de dívidas e investimentos, promovendo o bem-estar financeiro das famílias sorocabanas e fortalecendo a economia da cidade a longo prazo”.
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